terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quando uma etapa chega ao fim.

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a
alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o
nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaram..
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as
razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua
vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos; seus pais, seu marido ou
sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerando
capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que
você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no
passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes
tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes
que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor
intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir
recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está
acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes
ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que
descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas
envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que
sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si
mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela
pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por
soberba, mas porque simplesmente aquilo já não encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."
Um dos melhores textos que já li.
Encerrar ciclos é dádiva! E extrair lições das etapas vencidas, mesmo ruins, é inteligência!
Beijos
Ly

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