quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ninguém vive pela metade

A INTEIREZA DA VIDA
Letícia Thompson


Ninguém vive pela metade.
O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.
Se dura vinte ou cinqüenta anos não faz diferença.
O que conta é que uma vida é uma vida.
Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.
Todo sentimento por si só é inteiro.
Ou a gente é feliz ou não é; ou ama, ou não ama; ou quer, ou não quer.
Quando amamos, dúvida não existe; se queremos realmente, dúvida não existe; se somos felizes...
Cadê o espaço pra infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?!

Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência.
A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente.
Temos o agora.
Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo.
Mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um?
Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia de que amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.

Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.
Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede conseqüências.
Medindo dificuldades, não fazemos nada.
Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as possibilidades. Aí sim estamos no caminho certo.
Para os pessimistas uma pedra é um estorvo, para os otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida.
O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.

Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços.
Ninguém disse que não há riscos.
Mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido se tivéssemos tentado?
Quando fizer alguma coisa faça com inteireza de coração.
Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.
A vida é bela demais para ser deixada em suspenso.

O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes, sem que o tornemos real e possível.
Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue...
Difícil ser feliz sem ser completo.
Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.
O coração talvez não seja o melhor conselheiro.
Mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós.
Deixe, pelo menos, uma vez, que ele fale mais alto...

Um comentário:

Capitu,olhos de ressaca* disse...

Um puta texto...
legal mesmo.
beijinhos lydia.